Por ocasião das comemorações do Dia do Município do Maio e da sua Santa Padroeira, Nossa Senhora da Luz, que se assinalam hoje, Sua Excelência o Presidente da República, José Maria Neves, dirigiu uma mensagem de felicitação ao Presidente da Câmara Municipal do Maio, Senhor Valdino Rely Brito, à edilidade e a toda a população maiense, associando-se “a tão significativa efeméride” e expressando “votos de prosperidade, bem-estar e contínuo progresso”.
Na sua missiva, o Chefe de Estado destacou com entusiasmo os esforços da nova equipa camarária, afirmando ser “motivo de regozijo constatar os esforços empreendidos pela nova equipa camarária em dotar o município de infraestruturas básicas e proporcionar melhores condições de vida aos munícipes”. Sublinhou ainda a importância de privilegiar “o diálogo com parceiros estratégicos e a procura constante de soluções para os grandes desafios do município”.
Ao refletir sobre o percurso da ilha ao longo dos 50 anos da Independência Nacional, o Presidente da República reconheceu que “Maio cresceu muito, material e espiritualmente”, mas advertiu que “é tempo de avançar para grandes investimentos que consolidem uma economia local dinâmica e geradora de oportunidades, sobretudo para a juventude”.
Apesar dos avanços, José Maria Neves alertou para os desafios persistentes, referindo que “infelizmente, ainda persistem alguns constrangimentos que exigem atenção redobrada, nomeadamente, a precariedade dos transportes marítimos e aéreos, o desemprego jovem, a pobreza, e a redução do poder de compra”.
O Chefe de Estado também abordou preocupações da população quanto ao setor desportivo e cultural, lamentando que neste ano, a ilha não tenha tido “representação no campeonato nacional de futebol”. Demonstrou esperança de que o Fórum “Pensar Desporto no Maio” traga soluções estruturais, lembrando que a ilha se orgulha “de ser terra natal de um dos maiores basquetebolistas a nível internacional, Edy Tavares”.
No domínio cultural, José Maria Neves celebrou o regresso do concurso “Djarmai Canta”, considerando-o uma “iniciativa que abre espaço para a afirmação de novos talentos”. Enalteceu também o potencial da ilha para desenvolver “outras modalidades como é o caso dos desportos náuticos”, e recordou que “esta ilha é igualmente reconhecida como berço de ilustres figuras da música cabo-verdiana”.
O Chefe de Estado valorizou o anúncio da retoma das obras de requalificação urbana e ambiental da zona Shell e do Mercado de Peixe do Porto Inglês, considerando que “a par de dinamizarem a economia local, contribuirão para a valorização do trabalho dos pescadores e peixeiras, garantindo melhores condições sanitárias aos consumidores e promovendo um setor das pescas mais organizado e sustentável na ilha”.
José Maria Neves reiterou que “os maienses mantêm viva a esperança de que outros projetos estruturantes, sobretudo no domínio do turismo, deixem enfim de ser apenas planos no papel”. Destacou que “a ilha do Maio dispõe de talentos, quadros capacitados e valiosos recursos naturais”, e que “a sua proximidade com a capital do país, as suas extensas praias, a riqueza da biodiversidade e as manifestações culturais constituem potencialidades capazes de alavancar o desenvolvimento”.
Para alcançar esse progresso, o Presidente defendeu que “será necessário dotar o Poder Local de mais competências e recursos”, e que “seria desejável que a Câmara Municipal mobilizasse mais parcerias e continuasse a investir no município, atraindo turistas, investidores e melhorando as condições de vida dos munícipes”.
Recordando o 1º Encontro dos Quadros Maienses, realizado no passado dia 31 de maio, José Maria Neves afirmou que reforça “a minha convicção de que a maior riqueza do Maio reside nas suas gentes, cuja resiliência, determinação e a inabalável vontade de vencer são faróis de esperança”.
Neste dia de celebração, impregnado de fé e esperança, o Presidente da República renovou “os votos de prosperidade, progresso e bem-estar para o Município do Maio”, felicitando “de forma calorosa, todos os maienses, quer residentes em Cabo Verde, quer espalhados pela nossa imensa diáspora”.

