O Presidente da República, José Maria Neves, condecora, amanhã dia 6, com a Medalha de Mérito, Segunda Classe, os seguintes Grupos Carnavalescos de São Nicolau: Copacabana, Estrela Azul e Brilho da Zona, no Salão Nobre da Câmara Municipal da Ribeira Brava.
Conforme o Decreto Presidencial n.º 17/2025, o Carnaval “inicialmente celebrada em bailes de máscara, com músicas que soavam do Brasil, rapidamente saiu para a rua com os desfiles improvisados, brincadeiras como os assaltos e blocos e animados pela algazarra dos tambores e cornetas”, configurou-se numa manifestação cultural que adquiriu “formas próprias e idiossincráticas”, através do “toque artístico dos nossos músicos, coreógrafos, costureiras, artistas plásticos e voluntários”, ganhando dimensão de festa popular celebrada com grande alegria, espetáculo e folia.
Já na sexta-feira, dia 7 de novembro, será condecorado, com a Ordem Amílcar Cabral, Segundo Grau, Osvaldo Aranda de Azevedo (a título póstumo), no Salão Nobre da Câmara Municipal do Tarrafal. Segundo o Decreto Presidencial n.º 16/2025, “este país não seria hoje o que é, sem o labor, sacrifício e entrega do seu povo, que em busca da sua dignidade soube erguer um país que carregava à partida o signo da fome, da morte e da tristeza”. 50 anos depois e com um país erguido, em desenvolvimento, não obstante os desafios, temos de reconhecer “a entrega e a inteligência de mulheres e homens de honra que pela vontade férrea dos seus braços se entregaram à causa da Independência”.
“Osvaldo Aranda de Azevedo foi um desses homens. Combatente da liberdade da Pátria, poeta e artista, cuja trajetória político militar de embate contra o colonialismo se entrelaça com a luta de Independência de Cabo Verde e Guiné-Bissau. Depois de se libertar da prisão foi forçado ao exílio na Holanda e França, ingressando depois no grupo dos mobilizados que viriam a juntar-se a Amílcar Cabral nas matas da Guiné”, lê-se no referido decreto.
No mesmo dia, será condecorado, com a Medalha de Mérito, Segunda Classe, António Augusto Spencer, Nhô Antoninho de Mar Liso, “figura incontornável na história marítima de Cabo Verde e um dos mais respeitados mestres de embarcação do arquipélago, capitão do icónico Mar Liso, que se tornou uma instituição flutuante, um espaço de encontros, despedidas e reencontros de gerações, culturas e sonhos”, conforme lê-se Decreto Presidencial n.º 18/2025.
Será assim, condecorado, “reconhecendo a coragem, o compromisso e o percurso de perseverança ao leme do Mar Liso”.

