Lembrando a eterna luta do cabo-verdiano contra a seca e o processo de combate à desertificação a que se deu início a partir do dia zero da República de Cabo Verde, o Presidente da República promoveu esta sexta-feira, em Madrid, uma cerimónia de condecoração ao cientista espanhol Jesús Ángel Ortea Rato, pelo seu forte contributo dado na área da preservação marinha. Ato este que encerra a cerimónia iniciada a 5 de Julho de 2023, no quadro das comemorações do 48.º aniversário da Independência, pois que não fora possível ao cientista espanhol estar presente naquela ocasião.
Na ocasião, recorda-se, no quadro da sua magistratura e com as responsabilidades acrescidas que lhe atribuem os títulos de Champion para a Preservação do Património Natural e Cultura da União Africana e Patrono da Década do Oceano da UNESCO, José Maria Neves promovera a supracitada cerimónia de condecorações a cientistas, técnicos e instituições nacionais e estrangeiras que, desde a hora zero da República deram o seu forte contributo em matéria de combate à desertificação e à preservação ambiental e das nossas riquezas e biodiversidades terrestres e marinhas.
Neves reitera a gratidão do povo cabo-verdiano pela generosidade da comunidade internacional nesta luta, e a dedicação de homens como Jesus Ángel Ortea Rato, que nos têm ajudado a descobrir e conhecer melhor os nossos “tesouros escondidos” que são a nossa biodiversidade.
Ainda a justificar esse quadro de condecorações que culmina com esta última condecoração, o Chefe de Estado cabo-verdiano sublinha a epopeica luta do povo das Ilhas contra a seca e as consequentes fomes cíclicas de má memória. Daí o dever de memória de recordar a preocupação do primeiro Governo da República que em 1975 criou o Ministério da Agricultura e das Águas e viria a promover todo um conjunto de políticas e ações que colocariam Cabo Verde na vanguarda dos países sahelianos em matéria da investigação e implementação de técnicas e ações nesta matéria.
Veja como foi esta singela cerimónia, aqui, no PRTV:
