O Presidente da República reiterou, hoje, na Conferência da Década do Oceano das Nações Unidas, o compromisso de buscar caminhos e respostas, bem como de empreender ações, em sinergia com todas as entidades interessadas, para uma governança oceânica que opere de modo irreversível a “mudança da maré”.
Enquanto Patrono da Aliança da Década do Oceano e Champion da União Africana para a Preservação do Património Natural e Cultural de África, José Maria Neves espera que a Conferência de Barcelona da Década do Oceano das Nações Unidas seja um catalisador de compromissos, com ações concertadas a nível local, nacional e internacional e com medidas tangíveis que propiciem a salvaguarda e o desenvolvimento sustentável dos oceanos.
Entre as adversidades que assolam os nossos mares e oceanos e exigem respostas, o Chefe de Estado destaca a ameaça das mudanças climáticas, a crise da poluição marinha e a perda de biodiversidade, passando pela pesca ilegal, migrações, tráfico de pessoas, de estupefacientes e armas, até à pirataria e terrorismo.
Neste quadro, diz José Maria Neves, “as Parcerias assumem uma preponderância ímpar, requerendo uma abordagem multilateral que fomente não só a partilha de conhecimento e as melhores práticas, mas também a partilha de tecnologia e o financiamento”.
“O repto a que temos de responder nesta Conferência, é o de sabermos se estamos ou não apetrechados com as respostas adequadas!”, advertiu o Presidente Neves, que defendeu a promoção de “uma Literacia oceânica inclusiva e holística, incluindo educação, formação, cultura, ciência e ambiente com o objetivo de assegurar o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas nº 14, no horizonte 2030”.
Cabo Verde, que tem no mar a sua maior riqueza natural, tem-se empenhado, incansavelmente, na promoção de uma governança oceânica eficaz e na gestão sustentável dos seus vastos recursos marinhos, tendo em vista a sua proteção e um crescimento inclusivo e ambientalmente sustentável, garantiu o Chefe de Estado.
José Maria Neves aponta a designação de aproximadamente 7% do mar territorial cabo-verdiano como áreas marinhas protegidas uma demonstração do compromisso firme do país com a conservação da biodiversidade marinha.
Veja a intervenção do PR, na íntegra, no vídeo ou leia-o, no link, a seguir: