PR promove IIª Conferência sobre a Década do Oceano
“O problema é sério e urge por parte de cada um de nós um exercício mental e prático permanente, no sentido de recusar todo plástico de utilização única (descartáveis), cultivar o hábito de reciclagem e reutilização e, acima de tudo, reavaliar a todo o tempo a aquisição de determinados produtos cujo material é plástico”, insistiu, hoje, o Presidente da República. O chefe de Estado falava na abertura da Segunda Conferência sobre a Década dos Oceanos, promovida, hoje, pela Presidência da República, na Praia, depois do Colóquio realizado, há um ano, no Mindelo.
Ao alertar para as mudanças de atitudes que se mostram urgentes para a preservação do ecossistema e proteção dos oceanos, em particular, José Maria Neves foi perentório: “Temos que ser suficientemente inteligentes para fazer as melhores escolhas que contribuem para a prosperidade das gerações atuais e futuras do nosso planeta”.
Nisto, o Chefe de Estado destacou o papel que as organizações da sociedade civil têm desenvolvido no ativismo a favor da preservação ambiental, incluindo as ligadas ao mar, ao mesmo tempo que apelou a “descentralização para os municípios e as ONGs de um conjunto de ações hoje assumidas pelo Estado, a criação de condições para a autogestão ou cogestão de parques e reservas naturais, a mobilização de recursos financeiros a favor dos municípios e das ONG´s, mudanças estruturais na gestão do Fundo do Ambiente e uma atenção especial e estratégica à gestão dos ilhéus e da ilha de Santa Luzia”.
O Chefe de Estado recorda que “temos o dever moral e cívico de cuidar muito bem” do mar” e travar todas as ações que contribuem para a sua degradação, de modo a “evitar o esgotamento dos seus recursos e garantir a sua saúde e a dos outros que dele dependem”.
Nesta Década do Oceano, o Mais Alto Magistrado da Nação pretende dar uma forte contribuição a nível nacional e no quadro regional (África e SIDS) para aumentar a literacia oceânica e ajudar numa maior aproximação dos cidadãos ao mar, além de assegurar um desenvolvimento abrangente das capacidades e o acesso equitativo aos dados, informações, conhecimentos e tecnologia, em todos os aspetos da ciência oceânica e para todas as partes interessadas.
Veja o discurso de abertura do PR, aqui:
A Conferência da Manhã, que reuniu ambientalistas, acadêmicos, decisores entre outros atores do sector, destacou dois importantes painéis – “A Economia azul/potencialidades do oceano: desafios e oportunidades para um pequeno Estado insular- o caso de Cabo Verde”, proferido pelo Professor Ailton Moreira e “A década dos oceanos”, pela Leila Neves.
Assista à conferência, na íntegra, aqui: