Em dia de festa, alusiva a mais um aniversário da Independência Nacional de São Tomé e Príncipe, a presença do Mais Alto Magistrado da Nação cabo-verdiana foi motivo de dupla comemoração nas roças de Porto Real e Nova Estrela, em Príncipe.
José Maria Neves foi recebido ao som de “txabeta” e funaná, por grupos artísticos que mantêm bem vivas as expressões culturais de Cabo Verde.
Depois das palavras de boas-vindas do Presidente do Governo Regional do Príncipe, o Chefe de Estado cabo-verdiano
retribuiu o carinho e a hospitalidade com abraços e mensagens de encorajamento, apelando à união e o comprometimento de todos para que os 50 anos da Independência sejam comemorados com mais progresso e oportunidade para todos.
A Ilha do Príncipe acolhe uma comunidade cabo-verdiana expressiva, sendo considerada a maioria em relação à população autóctone.
No meio da exuberância da natureza, considerado “paraíso”, há pessoas a viverem em situações de extrema pobreza, apesar dos esforços do Presidente do Governo Regional, que também é descendente de cabo-verdianos, para mudar as suas condições de vida.
Essa gente resiliente que tem na agricultura e na pecuária os principais meios de subsistência, aproveitou a presença do Mais Alto Magistrado da Nação cabo-verdiana para colocar algumas preocupações, nomeadamente ligação aérea para Cabo Verde, deslocação das brigadas até às comunidades para serviços de obtenção de nacionalidade cabo-verdiana.
Também.pedem a retoma do programa Mata Sodadi ou algo semelhante, para permitir que os cabo-verdianos que vieram à mais de 50 anos, possam revisitar a terra natal, indemnização aos contratos, aumento e alargamento da pensão sobrevivência, entre outras.
O Presidente de Cabo Verde registou com muita atenção essas inquietações e prometeu exercer a sua Magistratura de Influência.
A Presidência na Diáspora em São Tomé e Príncipe prossegue a partir deste Domingo, com uma intensa agenda.
