PR Reafirma Apoio ao Regresso do Navio Ernestina Previsto para 2027

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O Presidente da República, José Maria Neves, reafirmou o seu apoio ao regresso do emblemático navio Ernestina a Cabo Verde, previsto para 2027. Esta declaração foi feita durante a audiência com os irmãos Julius e Vanessa Britto, proeminentes descendentes de uma família cabo-verdiana de Rubon Manel, Santa Catarina, que emigrou para os Estados Unidos em 1875, num navio baleeiro.

No encontro, Julius Britto, Presidente da Schooner Ernestina-Morrissey Association (SEMA) e residente em Rochester, Massachusetts, confirmou que o navio deverá regressar ainda no quadro das comemorações do cinquentenário da independência do país. Para financiar este projeto, um fundo está a ser mobilizado, com um custo estimado de dois milhões de dólares. O Chefe de Estado reiterou seu apelo a um forte engajamento da Diáspora e das autoridades de Massachusetts em torno do regresso do Ernestina, que esteve na base da imigração de cabo-verdianos para os Estados Unidos da América.

Mais do que reescrever a história da emigração cabo-verdiana, esta iniciativa pretende mostrar a determinação e ousadia de um povo em construir um novo futuro para seus filhos e inspirar Cabo Verde a alcançar novos patamares de desenvolvimento. O regresso do Ernestina é uma homenagem à emigração cabo-verdiana e ao exemplo de coragem e perseverança.

Vanessa Britto, médica e professora na prestigiada Brown University, em Providence, RI, possui uma notável trajetória na área da saúde e na promoção de laços entre a diáspora e Cabo Verde. Esta cabo-verdiana de segunda geração já liderou três missões médicas ao país — uma no Fogo e duas em Santiago — e tem estado sempre ativa na busca de novas parcerias para apoiar Cabo Verde.

Além de fazerem parte do grande contingente da Diáspora que veio participar nas celebrações oficiais do 50.º aniversário da Independência, Julius e Vanessa lideram uma busca por suas raízes familiares, acompanhados de quatro gerações da família Britto. Eles procuram reconstruir os passos do bisavô, Bernardino Horta Varela, que iniciou esta jornada em 1875. A sua presença em Cabo Verde neste momento tão simbólico constitui um gesto profundamente significativo de amor à pátria e de pertença identitária.