A Presidência da República promoveu este sábado, em parceria com a Embaixada de Angola, um interessante programa comemorativo do Dia de África, que se celebra a 25 de maio. Destaca-se uma conferência com o historiador Charles Akibodé, a sublinhar a importância cultural e histórica de África e o seu valioso contributo para a “humanização do Atlântico”, e o professor catedrático, José Octávio Serra Van-Dúnem a realçar a importância de todos os países africanos trabalharem para uma paz efetiva no continente.
Akibodé, que versou sobre o tema “Identidade e Preservação do Património Natural e Cultural Africano”, chama a atenção para a oratória negativa que é feita de África na imprensa e que acaba por ofuscar esse “extraordinário” contributo que o continente tem dado ao mundo. Daí que considera “importante que nas celebrações de África se celebrem as reconexões entre os povos africanos e a reconexão da África com o mundo”.
O historiador frisa ainda que a nomeação do Presidente José Maria Neves para liderar o Património Natural e Cultural em África, para além do reconhecimento da sua capacidade negociadora tem, também, a ver realmente com a riqueza do património cabo-verdiano, a internacionalização do crioulo cabo-verdiano.
Van-Dúnem, por sua vez, ao mesmo tempo que realça o contributo que Angola, com a sua experiência de uma guerra relativamente recente, tem dado e pode dar na resolução dos conflitos na sua região e no continente, salienta a paz em África como um processo contínuo e que depende de todos e de cada país, devendo-se investir na educação e na erradicação da pobreza nos países.
“Não adianta pensarmos em eliminar focos de conflitos nas nossas fronteiras se dentro dos nossos próprios países não eliminarmos um conjunto de questões como a pobreza, problemas ligados à saúde que são situações que podem provocar conflitos de baixa intensidade”, explicou.
Oiça, as considerações dos dois conferencistas, em entrevista à comunicação social sobre as suas comunicações, aqui na PRTV: