PR exalta engajamento dos cabo-verdianos na Defesa da Nação, exorta à compaixão do mundo para com vítimas de guerra e apela a maior enfoque internacional na proteção do ambiente

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Celebra-se a seis de novembro em Cabo Verde o Dia da Defesa Nacional e, igualmente, a data marca, também, o Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Meio Ambiente em Tempos de Guerra e Conflito Armado. Em mensagem dirigida à Nação, o Presidente da República exalta o Dia Da Defesa Nacional como oportunidade para enaltecer e apelar ao espírito de união dos cabo-verdianos em torno dos grandes desígnios nacionais, ao mesmo tempo que exorta a comunidade internacional a proteger as vítimas, sobretudo, crianças e mulheres, das guerras, nestes “dias sombrios” que o mundo vive e ao maior compromisso com a proteção ambiental.

Sobre o Dia da Defesa Nacional, o Presidente Neves recorda as origens da data para assinalar a grande campanha nacional realizada em 2009 para combater a epidemia da dengue, em 2009. “Orgulha-nos a todos a forma firme e patriótica como, no dia 6 de novembro de 2009, Cabo Verde parou, se uniu, e cerrou fileiras para combater a epidemia da dengue que, na altura, nos assolava. Dessa memorável jornada cívica ficaram lições duradouras, de relevante atualidade e oportunidade para o presente”.

Cerca de dez anos depois, considera o Chefe de Estado, “enfrentamos e vencemos uma enorme e inédita crise sanitária, a pandemia da Covid-19. No presente, ainda defrontamos desafios na área da habitação, saúde, saneamento do meio, seca, inflação, precariedade das ligações inter-ilhas, entre outros. Temos que seguir juntos, toda a sociedade mobilizada no país, e também contar com a disponibilidade da diáspora, para a proteção de Cabo Verde. É sempre reconfortante constatar que os cabo-verdianos sempre se engajaram em todas as lutas em defesa desta Nação”.

Olhando mais longe no horizonte, o Mais Alto Magistrado da Nação José Maria Neves reflete sobre os “dias sombrios” de guerra em várias latitudes, e “reveladores de completo desprezo pela vida, principalmente de mulheres e crianças, e por tudo o que elas simbolizam em termos de esperança e de existência da espécie humana”. Assim, o Presidente da República enfatiza “a nossa empatia e compaixão em relação às vítimas dessas lamentáveis ocorrências vêm na linha da defesa dos Direitos Humanos, inscrito na Constituição da República”.  

  Ao assinalar o Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Meio Ambiente em Tempos de Guerra e Conflito Armado, recomenda o Presidente Neves, “devemos refletir sobre o nefasto impacto da guerra nos ecossistemas e nos recursos naturais, sendo que as suas consequências afetam principalmente mulheres e crianças”.

Enquanto Campeão da União Africana para a Preservação do Património Natural e Cultural, manifesta a sua “preocupação com a sustentabilidade ambiental e mundial”, expressando o seu “veemente apelo para um maior enfoque internacional na necessidade da proteção ambiental e boa governança dos recursos naturais, no quadro da prevenção dos conflitos, manutenção de paz e construção da paz”.

Estes, recorda, “são os alicerces para um desenvolvimento sustentável, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas e a África Que Queremos, preconizada na Agenda 2063 da União Africana”.

Veja, e leia, a mensagem, na íntegra, abaixo do vídeo:

Mensagem do PR em alusão ao 6 de novembro – Dia da Defesa Nacional e Dia internacional para a prevenção da exploração do meio ambiente em tempos de guerra e conflito armado

Por feliz coincidência, o Dia da Defesa Nacional, que hoje se comemora, é também o Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Meio Ambiente em Tempos de Guerra e Conflito Armado. Orgulha-nos a todos a forma firme e patriótica como, no dia 6 de novembro de 2009, Cabo Verde parou, se uniu, e cerrou fileiras para combater a epidemia da dengue que, na altura, nos assolava. Dessa memorável jornada cívica ficaram lições duradouras, de relevante atualidade e oportunidade para o presente.  

Cerca de dez anos depois, enfrentamos e vencemos uma enorme e inédita crise sanitária, a pandemia da Covid-19. No presente, ainda defrontamos desafios na área da habitação, saúde, saneamento do meio, seca, inflação, precariedade das ligações interilhas, entre outros. Temos que seguir juntos, toda a sociedade mobilizada no país, e também contar com a disponibilidade da diáspora, para a proteção de Cabo Verde. É sempre reconfortante constatar que os cabo-verdianos (sempre) se engajaram em todas as lutas em defesa desta Nação.

Hoje o mundo vive dias sombrios, incertos e repletos de riscos, ocorrendo episódios graves e reveladores de completo desprezo pela vida, principalmente de mulheres e crianças, e por tudo o que elas simbolizam em termos de esperança e de existência da espécie humana. A nossa empatia e compaixão em relação às vítimas dessas lamentáveis ocorrências vêm na linha da defesa dos Direitos Humanos, inscritos na Constituição da República. Ao assinalar o Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Meio Ambiente em Tempos de Guerra e Conflito Armado, devemos refletir sobre o nefasto impacto da guerra nos ecossistemas e nos recursos naturais, sendo que as suas consequências afetam principalmente mulheres e crianças.

Enquanto Campeão da União Africana para a Preservação do Património Natural e Cultural, manifesto a minha preocupação com a sustentabilidade ambiental e mundial. Assim, faço um veemente apelo para um maior enfoque internacional na necessidade da proteção ambiental e boa governança dos recursos naturais, no quadro da prevenção dos conflitos, manutenção e construção da paz. Estes são os alicerces para um desenvolvimento sustentável, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas e a África Que Queremos, preconizada na Agenda 2063 da União Africana.