Mandela Day: PR recorda Ensinamentos de Nelson Mandela à luz dos atuais desafios de África

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A assinalar mais um Mandela Day, 18 de julho, e fazendo jus ao lema deste Dia «Está em tuas mãos», o Presidente da República, José Maria Neves recorda o exemplo desse saudoso líder da humanidade, Nelson Mandela, à luz dos desafios que a África enfrenta hoje. “NELSON MANDELA é uma fonte de inspiração pela forma como promoveu as liberdades, a democracia e o diálogo, pelo seu espírito de abertura e pelo exercício de uma liderança inclusiva, que permitiu mobilizar todas as capacidades e energias na realização da transição democrática, na construção do Estado de Direito e de uma nova África do Sul”, sublinha o PR Neves.

Numa mensagem no seu Facebook pessoal, José Maria Neves reflete sobre as dificuldades porque passa o continente, no respaldo da pandemia do COVID-19 e, mais recentemente, com o eclodir do conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia, com as suas graves consequências para a economia mundial, em particular para a África. Esses acontecimentos, salienta Neves, “vêm revelar as enormes fragilidades da África. O Continente foi humilhado no acesso às vacinas e percebeu estar à margem de muitas das decisões que contam no mundo. A guerra geoestratégica que agora se trava na Ucrânia denuncia tanto as enormes desigualdades nos `termos de intercâmbio’ entre a África e o mundo industrializado e desenvolvido como a sua dependência alimentar e industrial, embora seja muito rico em recursos minerais, água, terra arável, capacidades humanas e financeiras”.

Apelando às lideranças africanas, o Chefe de Estado cabo-verdiano assume que “é tempo de transformar essas fraquezas reveladas em oportunidades de transformação. Só com instituições políticas e económicas inclusivas e lideranças visionárias, estratégicas e empreendedoras seremos capazes de ultrapassar o impasse africano e construir um futuro melhor, em que a África será efetivamente um ator relevante.”

O caminho para essa transformação africana, aponta o PR Neves, é a união dos países do continente, pois que, “Isoladamente, muito dificilmente os Estados lograrão sucesso. Temos de convocar de novo o livro de Kwame Nkrumah: A África Deve Unir-se.”

Unidos, acrescenta, “seremos mais fortes e podemos, resgatando o espírito ubuntu, criar um verdadeiro sistema de governança multinível, com uma clara divisão de trabalho entre a União Africana, as Organizações Sub-regionais e os Estados, criar diretivas, realizar profundas reformas a todos os níveis, investir na ciência, na investigação e na inovação, formar novas políticas públicas e acelerar o processo de transformação estrutural das economias africanas, impondo-se como ator relevante na arena internacional, capaz de alterar radicalmente os termos de intercâmbio”.

Todavia, José Maria Neves acredita que as atuais lideranças começam a dar sinais de uma tomada de consciência nesse sentido e já a verbalizam em importantes fora internacionais.

Como sinais desses novos tempos, o PR assinala com “a redinamização dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e South África/África do Sul), o crescimento do México e da Indonésia e as mudanças nas placas tectónicas da ordem mundial provocadas pela pandemia e guerra na Ucrânia funcionarão como fermentos de uma nova arquitetura financeira mundial e favorecerão a ascensão do Sul, incluindo a África”.

O Dia de Mandela é uma celebração global anual que tem lugar a 18 de julho para honrar a vida e o legado de Nelson Mandela. Este dia é um apelo à ação para que os indivíduos, as comunidades e as organizações reflitam sobre os valores e princípios de Mandela e tenham um impacto positivo nas suas próprias comunidades.

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