PR defende criação de mais incentivos para a motivação dos voluntários

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O Presidente da República, José Maria Neves, sublinhou, durante um evento em alusão ao Dia da Defesa Nacional, a necessidade de se promover o voluntariado junto dos jovens. O Chefe de Estado entende que é preciso desenvolver incentivos e criar condições para que os voluntários se sintam mais motivados para ajudarem no desenvolvimento de Cabo Verde.

Neves considera um imperativo a promoção do voluntariado para a criação de uma sociedade mais consciente dos problemas sociais, mais participativa, mais empoderada, e capaz de desenhar um futuro mais justo e solidário, “com gente mais cidadã, a viver num país mais livre para a defesa do Bem Comum”.

José Maria Neves falava a uma plateia constituída essencialmente por jovens líderes e voluntários em diferentes causas e entidades, durante uma Conversa aberta promovida pelo Chefe de Estado, subordinada ao tema: “Papel do Voluntariado no Processo de Desenvolvimento do País”, proferida pelo representante do Escritório Conjunto do PNUD, UNFPA e UNICEF em Cabo Verde, David Matern.

Na ocasião, o Mais Alto Magistrado da Nação frisou a importância da data que deve ser de valorização do trabalho dos voluntários e de reflexão sobre os desafios que Cabo Verde ainda enfrenta, ajudando-o a crescer, também, espiritualmente, com o Presidente Neves enaltecer a grandeza e a importância do trabalho dos voluntários em Cabo Verde.

José Maria Neves lembrou o comprometimento cívico dos cabo-verdianos, particularmente dos voluntários, que sempre se uniram nos momentos cruciais para proteger o país, nomeadamente das epidemias (dengue e Covid-19) e das catástrofes naturais, como as erupções vulcânicas.

Afinando pelo mesmo diapasão, o orador, David Matem, frisou que os voluntários podem “impulsionar mais justiça social e promover a participação cívica”.

Considera importante engajar os voluntários como parceiros no desenvolvimento e avanço dos ODS para o cumprimento da agenda 2030, e principalmente na promoção da paz, segurança e proteção ambiental. “Para criar sociedades sustentáveis, pacíficas, igualitárias e mais inclusivas é preciso aproveitar o potencial a criatividade e a energia dos voluntários”, conclui Matern.

A redução do número de voluntários com a saída de muitos jovens para o estrangeiro, o não reconhecimento ou valorização do seu trabalho, e a falta de financiamento para programas de desenvolvimento comunitários estão entre as preocupações citadas pelos participantes no debate. Contudo, deixam claro que trabalham por amor, doando o seu tempo sem esperar dinheiro ou algo em troca.