O Presidente da República, José Maria Neves, associa-se às festividades de comemoração do Dia do Município da Boa Vista e da sua Padroeira, Rainha Santa Isabel. Em carta dirigida ao Presidente da Câmara Municipal da Boa Vista, Engenheiro Cláudio Mendonça, o Chefe de Estado expressou o seu “particular apreço” por este “momento de júbilo”. Neves dirigiu à edilidade e a toda a população desta “ilha de grande relevância histórica e estratégica para Cabo Verde”, os “mais calorosos votos de felicidades, prosperidade e contínuos sucessos”.
José Maria Neves registou com satisfação “a riqueza e diversidade da programação festiva deste ano, que valoriza expressivamente a cultura, o turismo e o desporto, sem descurar a dimensão espiritual que sempre caracterizou esta efeméride, marcada por momentos de fé, partilha e confraternização”.
O Presidente enalteceu os esforços da Câmara Municipal, que “tem impulsionado avanços significativos em múltiplas frentes do desenvolvimento local, nomeadamente no domínio social, com destaque para a entrega de habitações dignas e a ampliação de serviços e infraestruturas comunitárias”. Em particular, congratulou-se com a “iminente inauguração do Centro de Saúde Reprodutiva, equipamento de grande alcance social”, cuja importância pôde atestar pessoalmente aquando da sua visita à ilha, no quadro da Presidência na Ilha, em 2023. “Trata-se de um investimento estruturante que responde a necessidades prementes da população e que contribuirá decisivamente para a melhoria do sistema local de saúde”, realça na missiva o Chefe de Estado.
Não obstante os progressos registados, o Presidente Neves destacou os “desafios estruturais” que persistem e “que importa enfrentar com determinação e visão estratégica: o desemprego jovem, o défice habitacional, a fragilidade das acessibilidades terrestres e inter-ilhas, bem como as limitações nos sistemas de abastecimento de água e de saneamento. São constrangimentos que afetam a qualidade de vida dos boavistenses e exigem respostas concertadas”.
O Presidente manifestou a sua convicção de que a superação desses entraves exige um renovado “‘djunta mon’ entre os diversos níveis de governação”, envolvendo o Governo Central, a autarquia, as organizações da sociedade civil, o setor privado e os parceiros da cooperação descentralizada, num espírito de corresponsabilização e convergência em torno do bem comum.