Organizações cívicas querem influência do PR a favor das causas que defendem

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A Comissão para a Valorização da Matiota levou, hoje, ao Presidente da República, a sua preocupação com a preservação daquela área balnear que, a pesar de ser um marco para a ilha de São Vicente, vai ser, no seu entender, destruída com construções de vivendas no local.

A vice-presidente da comissão, Carla Marques, apela à preservação da Matiota “pelas memórias que ela comporta e por tudo aquilo que ela representou para a cidade do Mindelo”.

A comissão, que foi recebida em audiência, nesta quinta-feira, 17, pelo Presidente da República, José Maria Neves, defende uma recuperarão da Matiota “não como ela era, mas para servir a sociedade, as pessoas mais carenciadas, numa perspetiva moderna e adaptada à cidade, hoje.

“A cidade não merece que as vivendas surjam sobre uma praia e que as pessoas sejam despejadas do direito de estar nessa praia”, apelou Marques, que se mostrou satisfeita com a abertura encontrada no PR para analisar a questão no quadro global das preocupações com a preservação da Orla Marítima em Cabo Verde.

Outra das preocupações colocadas, hoje, ao Chefe de Estado tem a ver com o problema da poluição sonora na Cidade do Mindelo.

O Movimento Cívico a favor do Sossego, que também hoje foi recebido pelo Chefe de Estado, diz que, apesar das leis e dos agentes existentes para as fazer cumprir, as coisas não funcionam.

“Nós viemos aqui falar com o Senhor Presidente para intervir também junto às autoridades competentes, porque se trata de uma situação de inobservância da lei. Nós precisamos que as leis sejam cumpridas para os cidadãos poderem viver com mais qualidade de vida e mais confiança nas instituições”, apelou a porta-voz do movimento, em declarações à imprensa, no final da audiência.

Antónia Mosso mostrou-se satisfeita com a receção por parte do chefe de Estado, de quem espera uma magistratura de influência para as mudanças que, no seu entender, se impõem.