O Presidente da República está, neste momento, a caminho da Ilha de Santo Antão para a sua primeira “Presidência na Ilha” deste ano e na Ilha das Montanhas. Com uma intensa agenda de contatos de proximidade com o poder local e a sociedade nos três municípios, José Maria Neves pretende fazer uma avaliação da situação, ouvir as pessoas, as principais reivindicações e apoiar também e fomentar reflexões sobre o futuro de Santo Antão e Cabo Verde, em geral. Em entrevista ao jornalista Júlio Vera-Cruz, o Mais Alto Magistrado da Nação voltou a enfatizar a necessidade de uma “nova visão” do poder local, com mais poderes e recursos às ilhas e municípios para fazer face à difícil conjuntura internacional de momento e acelerar o passo no desenvolvimento local e nacional, apelando à materialização dos consensos necessários entre os partidos sobre o tema.
De acordo com o Presidente da República, este “é um consenso fundamental neste momento, não podemos continuar a fazer mais do mesmo e é importante que os autarcas, os partidos políticos, o governo, a sociedade civil, percebam essa dinâmica que o país precisa”, sobretudo num contexto internacional “extremamente difícil e complexo”, com políticas cada vez mais restritivas à cooperação para o desenvolvimento e aumento da discriminação aos imigrantes e restrições à mobilidade humana. “Há conflitos, guerras, problemas um pouco por todo o lado e é fundamental que nós tenhamos consciência disso e aceleremos o passo no sentido de tomarmos medidas mais ousadas, particularmente neste domínio da descentralização”, frisou José Maria Neves.
No que toca ao seu programa de atividades nesta Presidência na Ilha de Santo Antão, o Presidente da República destaca a sua participação no Fórum “Profissionalização e Organização em Redes das Associações do Setor Primário”. O evento pretende discutir a profissionalização e a organização em redes das associações do setor primário, promovendo a geração de empregos e o desenvolvimento sustentável da ilha, sobretudo em setores como a agricultura – que ainda não ultrapassou a fase do embargo aos produtos locais – a saúde, a requalificação urbana, o turismo de natureza e a preservação ambiental.
Ainda na entrevista, José Maria Neves manifestou com algum atraso em relação à constituição da Comissão de Honra para as comemorações dos 50 anos de Independência Nacional. Contudo, estaca como um passo importante a aprovação da lei que cria a supracitada comissão como “um passo importante” para garantir a adesão da administração, sobretudo do Estado-Governo às celebrações.
Confira a entrevista, na íntegra, aqui no vídeo e saiba mais sobre esta Presidência na Ilha de Santo Antão na nota de imprensa relacionada: https://presidencia.cv/arquivo/12451