O Presidente da República de Cabo Verde discursou, esta manhã, 19 de Março, em Brasília, na sessão de abertura do 8º Fórum Mundial da Água.
“Estou aqui para falar do esforço de Cabo Verde e do envolvimento das populações na gestão e na execução de práticas para produção e pesquisa, bem como das oportunidades de investimento e para a indústria. Meu país procura equilíbrio entre a satisfação da população e o dever e a responsabilidade do uso da natureza e do que ela nos proporciona “disse.
Segundo o Chefe de Estado Cabo-verdiano, esse problema afecta a todos os países e, por isso, deve ser enfrentado de forma conjunta. “A gestão e o uso e eficiente da água exigem cooperação, parceria e troca de experiências e de saber. Esses problemas não poderão ser resolvidos isoladamente”.
“Meu país e alguns outros de nossa sub-região africana estão envolvidos em processo de atenuação dos efeitos da seca. No passado, enfrentamos a fome e a morte em Cabo Verde por razões de seca e estiagem. Mas aprendemos a viver e a conviver com a seca em uma harmonia simbiótica que nos permitiu afastar a fome em Cabo Verde, apesar da influência episódica da estiagem hídrica. Passou a estiagem e ficamos de pé “realçou Jorge Carlos Fonseca.
Os resultados, segundo o Presidente de Cabo Verde, alargaram horizontes, após obter sucesso em reduzir a captação de água pela população e pelas empresas. “O acesso à água potável é direito de todo ser humano. Por essa razão, o acesso não deve ser condicionado ao poder econômico ou militar, nem ao poder do mercado”, acrescentou.
Participaram da abertura do 8º Fórum Mundial da Água os Chefes de Estados de Cabo Verde, Brasil, Guiana, Hungria e São Tomé e Príncipe, vice-Presidente da Guiné Equatorial, os Primeiros Ministros do Senegal, de Marrocos, do Mónaco, da Coreia do Sul, o Príncipe herdeiro do Japão, o Presidente do Conselho Mundial da Água e a Directora Geral da Unesco, entre muitas outras individualidades.
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