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Mensagem de S.E. o Presidente da República, Dr. Jorge Carlos de Almeida Fonseca, alusiva ao Dia internacional da Cruz Vermelha – 8 de Maio

Cidade da Praia, 08 de Maio

Celebra-se hoje o Dia internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, maior organização humanitária do planeta e que reúne largos milhões de voluntários espalhados pelo mundo, cuja missão central é aliviar o sofrimento de seres humanos dilacerados por guerras, catástrofes naturais e por vulnerabilidades diversas.

O Movimento promove o respeito pela dignidade humana, em particular durante conflitos armados, através de 189 Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, unidas por sete Princípios Fundamentais, de entre os quais se destacam a Humanidade, a Independência, a Neutralidade, o Voluntariado e a Universalidade.

Não obstante a omnipresença dos voluntários da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho em praticamente todos os cenários em que um ser humano sofre, a sua missão tem se tornado mais complexa, em razão da mudança de natureza dos conflitos existentes em grande parte do globo

Desde o século XIX, os conflitos deflagram-se cada vez mais dentro dos países, travados entre forças armadas nacionais e grupos de oposição, ou entre vários grupos rivais.

Posteriormente, verificou-se, também, um aumento no número de conflitos entre comunidades motivados por identidades, que muitas vezes resultam em violência generalizada e numa grande quantidade de pessoas deslocadas.

Este quadro já de si muito complexo alterou-se, ainda mais, com a chamada “guerra contra o terror”, que veio condicionar poderosamente a acção humanitária.

Na realidade, ao assumir uma dura postura contra o que consideram grupos terroristas, os Estados, às vezes, utilizam medidas que vão além dos limites das práticas aceites segundo o Direito Internacional Humanitário (DIH) e o Direito Internacional dos Direitos Humanos (DIDH).

Este quadro, felizmente, não tem impedido o Movimento de continuar a honrar os seus princípios e a acudir às vitimas das guerras, das catástrofes naturais e das doenças.

A Cruz Vermelha de Cabo Verde, com os seus mais de 1500 voluntários, tem assumido de forma integral e solidária os princípios que norteiam o Movimento e, felizmente, enquanto agente da Proteção Civil, já habituou os cabo-verdianos a uma presença permanente e reconfortante em todas as situações de dificuldade que nos têm assolado.

Tanto nos contextos de doença como nas de catástrofes naturais, a bandeira da instituição que sempre congrega amparo, coragem, apoio, suporte e dignidade, é desfraldada.

Mesmo em situação de normalidade a Cruz Vermelha de Cabo Verde diz-se presente no dia-a-dia de muitas pessoas idosas e de diversas crianças através de programas socais e educativos.

Muitos doente crónicos são amparados pela Cruz Vermelha que ainda estende a sua intervenção pelas áreas ambiental e do saneamento.

Neste dia internacional da Cruz Vermelha queria enaltecer o papel primordial que ela tem desempenhado no quadro da epidemia do novo coronavírus que tanto mal nos tem causado.

O importantíssimo apoio prestado aos serviços de saúde durante estes tempos de epidemia e a inestimável contribuição da legião de voluntários que, em todos os cantos do país, ajudam a minimizar o sofrimento dos mais necessitados, são uma eloquente mensagem de solidariedade e um reforço da certeza de que a doença será vencida.

Nas qualidades de Presidente da República e de Presidente de Honra da Cruz Vermelha de Cabo Verde, exprimo o meu profundo reconhecimento à Cruz Vermelha de Cabo Verde, muito especialmente aos seus voluntários.

Jorge Carlos Fonseca

 

 

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