O Presidente da República e o pós estado de emergência.
Com o país a retomar, ainda que lentamente, o ritmo das suas actividades económicas e sociais, suspensas durante o período que vigorou o estado de emergência, vemos como as nossas ilhas, as nossas vilas e cidades, as instituições públicas e privadas, as nossas populações, se preparam para uma nova fase dos nossos quotidianos. Todos estamos conscientes dos riscos que ainda corremos, mas igualmente cientes de que vida não pára e que ela também renasce. Um renascimento que se quer sob o signo do civismo e do sentido de responsabilidade, que cabe a cada cabo-verdiano e cabo-verdiana, para que consigamos, todos unidos, voltar à normalidade, aos nossos empregos, negócios, aos nossos projectos de vida.
Como mais alto magistrado da Nação, o Presidente da República exerceu, neste período mais crítico, as competências que lhe são conferidas pela Constituição, numa acção ponderada e com sentido de Estado e pela saúde pública, em articulação com o Governo e as autoridades sanitárias.
São muitos os desafios que se colocam, a todos, na fase que se segue, em especial aos políticos e às diversas instituições públicas e privadas. Para tal, o Presidente da República reuniu-se, esta manhã, com os seus colaboradores directos, num encontro para discutir ideias e projectar o plano de actividades, uma linha de orientação da actuação do chefe de Estado, nesta fase de desconfinamento, da abertura faseada. Á semelhança daquilo que vem marcando a actuação do Presidente da República, da sua preocupação para com o bem-estar das populações, estas continuam em primeiro lugar. E nunca como agora elas estiveram tão vulneráveis; nunca como agora as nossas gentes precisaram tanto da nossa atenção.
Sabemos como os efeitos desta pandemia são ainda incalculáveis, sobretudo do ponto de vista económico, junto das populações mais vulneráveis. As assimetrias existentes no país correm o risco sério de maior aprofundamento pelo efeito da Covid 19. Por isso, as populações, o seu bem-estar, a sua condição de vida, estarão sempre em primeiro lugar, nas preocupações do Presidente da República. Nas cidades, em todos os concelhos, mas sobretudo no campo, onde a realidade, o dia a dia, continua marcado por dificuldades de vária ordem.
Mas também é preciso destacar todos aqueles que, desde o início, têm estado na chamada linha da frente. São várias as instituições e profissionais que vêm lutando, todos os dias, de forma incansável, para que a nossa segurança, a vários níveis, seja garantida; para que o plano de combate ao vírus tenha sucesso. Cabe ao Presidente da República levar esse conforto e estímulo a todos esses sectores, do qual dependem os resultados positivos que vimos alcançando.
Utilizando as novas tecnologias e com visitas programadas a diversas instituições, eventualmente algumas deslocações a municípios, de acordo com as condições de segurança possíveis, o Presidente da República irá acompanhar com muita atenção o desenrolar desta abertura, programada por fases, procurando ouvir os representantes dos vários sectores, de forma a inteirar-se do andamento e evolução da situação.
Com os resultados até agora alcançados e com o ritmo do contágio, pelo vírus, sob controlo, estamos certos de que, com o contributo de todos, o país entrará numa nova fase de reatamento da sua vida e da ‘normalização’ progressiva.