O Presidente da Fundação Amílcar Cabral considerou, hoje, que o Centenário de Nascimento de Amílcar Cabral é um assunto de âmbito nacional, embora a sua celebração seja também uma responsabilidade da Fundação, que tem como patrono Amílcar Cabral.
“Caberá às autoridades também tratar a questão|” lembrou Pedro Pires, para quem o programa de celebração do centenário não é uma responsabilidade exclusiva da Fundação Amílcar Cabral.
Essas considerações foram feitas por Pedro Pires à saída de uma audiência na Presidência da República, precisamente, para apresentar ao Chefe de Estado o programa de Celebração do Centenário.
Para já a Fundação, diz Pedro Pires, tem procurado “retirar o projeto centenário dos gabinetes” e levá-lo às pessoas e aos municípios, tendo já realizado encontros nesse sentido com os presidentes de algumas Câmaras Municipais, nomeadamente da Praia, Ribeira Grande de Santiago, São Salvador do Mundo e São Filipe, no Fogo.
De referir que a Fundação Amílcar Cabral tem em curso um programa de celebração “ainda não acabado” de Centenário de Amílcar Cabral. Em dezembro, por exemplo, realizou um seminário internacional sobre o legado teórico de Amílcar Cabral.
O próximo passo do programa, realçou, vai ser uma exposição internacional sobre a figura de Amílcar Cabral.
Na audiência desta Sexta-feira, o presidente da Fundação Amílcar Cabral apresentou, ainda, ao Presidente da República a ideia de também se “fazer algo por ocasião do centenário do Presidente Aristides Pereira, o primeiro Presidente da República de Cabo Verde”, que nasceu a 17 de novembro de 1923.
Em destaque esteve, na mesma linha, o projeto da “Elaboração da história das lutas de libertação das antigas colónias de Portugal em África”, que tem na sua base a Fundação Amílcar Cabral, mas que está na agenda dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Amílcar Cabral, considerado “Pai da Independência e da Nacionalidade Cabo-verdiana”, nasceu a 12 de setembro de 1924. O intelectual e político revolucionário cada vez mais lido, respeitado e referenciado em África e no mundo completaria 100 anos em 2024, se estivesse vivo.