Celebra-se o Dia Mundial do Ambiente, sob o tema “soluções para a poluição plástica”.
A degradação ambiental está a atingir níveis assustadores, colocando em risco o uso sustentável dos recursos naturais e a sobrevivência do homem e de outras espécies na Terra.
As consequências das mudanças climáticas vivenciadas por todos os países e nações, os diversos tipos de poluição (particularmente a plástica) que afetam os seres vivos e todo o ecossistema terrestre e marinho, a perda da biodiversidade, dentre os demais, requerem uma reflexão profunda sobre a nossa forma de agir e de viver. Ainda vamos a tempo de evitar o abismo e deixar um legado melhor para as gerações vindouras.
A dinâmica das agendas mundiais a volta da sustentabilidade ambiental demostra que a ideia do crescimento económico e tecnológico ilimitado e os padrões de produção e de consumo são incompatíveis com a capacidade de restauração do planeta.
Considerando o lema das comemorações deste ano, é importante destacar o papel de cada um de nós, tanto na prevenção da poluição plástica, como na procura de soluções para este problema que afeta fundamentalmente o ambiente marinho.
Temos que ser capazes de travar este tipo de poluição. Para o efeito, o PNUA (Programa das Nações Unidas para o Ambiente), no seu último relatório, recomenda mudanças nos sistemas para combater as causas da poluição plástica, através da redução do uso problemático e desnecessário do plástico em combinação com uma profunda transformação no mercado e reforço do quadro legal.
Cabe aos decisores políticos elaborar e implementar políticas públicas assertivas, com uma visão holística do problema e criar condições que permitem a intervenção ativa de todos os atores.
As empresas devem ter ousadia suficiente para desenvolver os seus negócios baseados em produtos livres de plástico, principalmente os de utilização única, e implementarem as melhores práticas que a ciência e tecnologia lhes oferecem.
As escolas, as academias, a sociedade civil e o cidadão também têm um papel preponderante neste processo, não só na educação e sensibilização, de modo a mudar os hábitos e comportamentos, mas também na procura de soluções cada vez mais ousadas para debelar definitivamente este problema.
Para terminar, aproveito o ensejo para felicitar a todos os intervenientes, que de uma forma direta e indireta têm trabalhado para a melhoria da qualidade do ambiente em Cabo Verde. Neste particular, destaco o papel importante que as ONGs têm desempenhado em diversas frentes, quer na conservação marinha e costeira, quer na preservação da fauna e da flora terrestres, ou ainda, na defesa de outras causas ambientais como a da poluição plástica, e dizer-vos que estamos juntos nesta luta.
Assim como todos os Estados Insulares, o nosso ecossistema é frágil, todos somos poucos para desenvolver ações que contribuem para sua a restauração, manutenção, fortalecimento e impedir a destruição desta nossa casa comum.
“Nu fazi nos parti”