O Presidente da República, José Maria Neves, reagiu às notícias na imprensa nacional sobre “novas irregularidades” detetadas na gestão da Presidência da República, sublinhando que se tratam, na maioria, de práticas que vêm “desde que a Presidência é Presidência” e que são generalizadas na administração pública. Daí o apelo a uma auditoria global às instituições do Estado. “Temos que analisar globalmente a questão. E é esse o meu apelo”, salientou esta manhã, numa entrevista à margem da sua participação numa Cimeira sobre as Alterações Climáticas, na cidade da Praia.
“Eu sou pela transparência. Se as despesas são ilegais, devem ser alteradas, a administração deve funcionar nos termos da lei. Peço que se faça uma auditoria geral às despesas com o pessoal, a nível da administração pública cabo-verdiana, a nível de todos os gabinetes ministeriais, e a nível da acumulação de salários em Cabo Verde”, afirmou o Chefe de Estado. Porém, refletiu, “temos que analisar globalmente a questão. E é esse o meu apelo.”
Neves recorda, entretanto, que todas essas questões apontadas ao Presidente da República são, na verdade, questões administrativas, lembrando que o Presidente da República não lida com o dia-a-dia da administração da Presidência.
José Maria Neves destacou que foi sob sua liderança que as contas da Presidência foram integradas no SIGOF e que foi ele quem solicitou as auditorias, tanto do Ministério das Finanças quanto do Tribunal de Contas. “Desde que assumimos, estamos a tentar resolver esses problemas. Quando se fala da nova lei orgânica que nós propusemos, não é só a questão da Primeira Dama, como se tem dito. São todas essas questões que nós propomos formas de resolução.”
Confira as considerações do Presidente da República sobre a matéria, aqui: