100 anos do nascimento de Paul Gonsalves

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Hoje passam-se 100 anos do nascimento de Paul Gonsalves, saxofonista tenor, filho de cabo-verdianos, um dos preferidos de Duke Ellington, que o integrou na sua orquestra. Sangue crioulo, portanto, na música americana. Como em todas as famílias cabo-verdianas, Paul encontrou a música em casa, optando primeiro pela guitarra, seguindo os passos do pai, guitarrista amador, que lhe ensinou os primeiros acordes, juntamente com os seus dois irmãos. Através do irmão mais velho descobre o jazz e o fascínio por Coleman Hawkins, saxofonista. A história reza que foram os 50 dólares que o pai lhe deu, para comprar um saxofone, apesar de atravessarem a Grande Depressão, a mudar a sua vida.

Ao longo da sua carreira, Paul Gonsalves haveria de tocar ao lado do pianista Count Basie, do trompetista Dizzy Gillespie, o saxofonista Charlie ‘Bird’ Parker antes do maestro Duke Ellington. Para a história ficaria a memorável passagem pelo Festival de Jazz de Newport, em 1956, que fascinou músicos e jornalistas. Juntamente com o pianista Horace Silver, Paul Gonsalves deixou a sua marca no jazz, esse estilo musical que nos fascinou na juventude e continua a fascinar-nos, ainda hoje, pela sua frescura, sentido de improviso, como se esta fosse o compasso da própria vida.

 

 

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