O Presidente da Câmara de Comércio e Indústrias de Sotavento, Marco Rodrigues, foi recebido no final desta tarde, pelo Presidente da República, no quadro dos Cumprimentos de Novo Ano ao Chefe de Estado, com as duas partes a aproveitar o ensejo para abordar as preocupações da classe empresarial e que têm a ver com os efeitos da atual pandemia na vida das empresas, versus a necessidade da “proteção do emprego” nesta difícil conjuntura.
Com o surgimento do Omicron, admite aquele empresário, as empresas estão sob maior pressão com tantas baixas, já que uma infeção obriga, às vezes a fechar todo um departamento ou empresa por causa dos contatos, o que “é muito complicado”. Embora não tenha dados concretos para o afirmar, Rodrigues apoia-se nos números coletivos para reforçar essa constatação.
Instado a comentar sobre a necessidade de novo regime de lay-off, o último encerrou em dezembro, o empresário é cauteloso em afirmar que, primeiro há que dialogar, “como recomendou o Sr. Presidente, e vamos trabalhar, na perspetiva da concertação com o Governo e encontrarmos um caminho que possa servir a todos e, obviamente, a servir as empresas, servirá ao país!”, exclama, deixando em aberto as várias possibilidades.
Nisto, no que tange às perspetivas para 2022, Rodrigues augura que as empresas possam “continuar a exercer as suas atividades num clima pacífico, estável, num processo que possa conferir condições para que possamos continuar as nossas atividades. Porque, se não existirem condições muitas empresas ficarão pelo caminho”, salienta.
Assim, sendo o Presidente da República “uma figura importante no contexto dos equilíbrios e nós temos consciência que as mensagens do Sr. Presidente têm eco e terão eco, naturalmente, e nós contamos com o exercício da influência do Sr. Presidente sempre que acharmos que possa existir uma resistência, efetivamente, nos diálogos ou nas negociações que possamos ter com as entidades que connosco cooperam”, conclui.