O Presidente da República, José Maria Neves, manifestou a sua estranheza quanto ao voto abstenção de Cabo Verde relativamente à resolução sobre a crise Israel-Palestina que, entre outras questões, apela a uma pausa humanitária para que se possa assistir os mais de dois milhões de civis em Gaza, vítimas deste conflito entre Israel e o Hamas. Num post na sua página do Facebook, o Presidente Neves considera que “não se pode abster quando o assunto é o diálogo, a paz e o direito humanitário.”
Mais do que isso, o Chefe de Estado recorda que “Cabo Verde defende a Carta das Nações Unidas e o Direito Internacional” e afirma a sua convicção de que “o mundo deve basear-se em regras. Somos humanistas e respeitamos intransigentemente os direitos humanos!”
“Pela nossa seriedade e coerência, somos respeitados no mundo”, considera o Presidente da República que, desde o primeiro momento, tanto condenou o vil ataque de 7 de outubro, pelo Hamas, como vem a chamar a atenção para que a resposta de Israel não fosse “desproporcionada” e que respeitasse o direito internacional, sobretudo, o direito humanitário.
A par disso, tanto nas redes sociais quanto na comunicação social, o Presidente Neves tem apelado à solução negociada deste conflito de décadas, apontando o reconhecimento de “dois Estados Independentes que se respeitam mutuamente e convivem pacificamente no concerto das nações” como a única solução possível que, aliás, “já desenhada em muitas das resoluções das Nações Unidas”.
Ainda sobre a resolução das Nações Unidas, esta partiu de uma proposta da Jordânia e apela a “tréguas humanitárias imediatas, duradouras e sustentadas que conduzam à cessação das hostilidades”.
A resolução exige ainda o cumprimento do direito internacional humanitário de todas as partes (Israel e Hamas) e a garantia “do fornecimento contínuo, suficiente e desimpedido de suprimentos e serviços essenciais na Faixa de Gaza”. Também solicita a ´libertação imediata e incondicional´ de todos os civis detidos, bem como exige a sua segurança, bem-estar e tratamento humano em conformidade com o direito internacional.”
Veja, nos links a seguir, as posições públicas do Chefe de Estado cabo-verdiano desde o primeiro momento do eclodir de mais esta crise entre Israel e Palestina:
Reação ao ataque de 7 de setembro, post pessoal:
Primeira reação à imprensa:
Segunda reação à imprensa:
Saiba mais sobre o tema no site das Nações Unidas: