O Presidente da República está determinado em reforçar a valorização e o conhecimento da nossa língua materna, com todas as suas variantes, neste ano do 50º aniversário da Independência Nacional.
Neste quadro, a Presidência da República abraçou o projeto apresentado pelo linguista e escritor Manuel Veiga e patrocinou a tradução da Constituição da República para a língua cabo-verdiana, variante de Santiago.
A obra será lançada no próximo dia 06 de março, às 17H00, na Sala Beijing da Presidência da República, no quadro do Dia Internacional da Língua Materna, que se assinala hoje, 21 de fevereiro.
Assim como abraçou o projeto de Manuel Veiga, o Chefe de Estado incentiva e disponibiliza-se a patrocinar a tradução da Constituição da República para outras variantes da língua cabo-verdiana.
Além de promover a língua cabo-verdiana, a tradução da Constituição da República para a nossa língua materna reforça a literacia e a democratização do acesso à “karta más grandi di un país”, como refere José Maria Neves, no Prefácio da obra de Manuel Veiga: “Konxi Konstituison é un fórma di nu da más forsa pa liberdadi y pa dimokrasia”.
Neste Dia Internacional da Língua Materna, o Presidente da República reforça o repto, que também consta no Prefácio do livro: “Oji, óra ki nu sa ta kumimora sinkuénta anu di nos indipendénsia, N ta atxa ma dja é ténpu di nu txiga konsénsu, pa nu ofisializa totalmenti língua kabuverdianu, djuntu ku portugês, y nu kontinua ta trabadja pa si padronizason. Kes tudu varianti ki nu ten es é ka inpisiliu. N ta atxa ma é un riqueza”.
O Chefe de Estado lembra que a Constituição da República decreta que todas as condições devem ser criadas para a oficialização da língua cabo-verdiana, em paridade com a língua portuguesa e que todos têm o direito de usar e expressar nas línguas oficiais, cabo-verdiana e português, o que pressupõe uma aposta forte no seu ensino. Uma tese também defendida pela larga maioria dos especialistas.