Os combatentes pela liberdade da Pátria mereceram, neste 20 de Janeiro, Dia dos Heróis Nacionais, uma honrosa distinção do mais alto magistrado da Nação, num ato que serviu, também para o lançamento do Livro “Crónicas Soviéticas”, do combatente Osvaldo Lopes da Silva.
“É preciso prestar homenagem a todos os heróis” da luta de libertação nacional, disse o chefe de Estado, lembrando todos aqueles que, ainda jovem, nas matas da guiné e na clandestinidade entregaram-se, generosamente, à causa da independência.
José Maria Neves recordou, ainda que a luta heroica de libertação nacional foi marcada por várias revoltas e teve como símbolo maior Amílcar Cabral, figura de Cabo Verde e da Guiné e expressão da insubmissão da África em relação à subjugação de todo o continente.
Durante o ato, o presidente da República apelou para que os diferentes percursos de Cabo Verde continuem a ser contados, para que se possa melhor conhecer a história contemporânea do país, a partir dos confrontos de posições e diferentes narrativas.
“É preciso que os principais protagonistas deste percurso de Cabo Verde escrevam mais”, possam “contar a sua história e possam trazer-nos os seus contributos para que juntos possamos escrever a história de Cabo Verde como ela é”, reforçou o Chefe de Estado.
E um exemplo destes escritos é, justamente, a obra Crónicas Soviéticas, de Osvaldo Lopes da Silva, lançada na tarde desta Quinta-feira, na Presidência da República, no quadro da Semana da República.
Um livro que, sublinha o chefe de Estado, conta a vivência do autor na União Soviética, as relações da luta de libertação com o partido comunista daquele país e com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, os contornos das relações de Cabo Verde independente com a União Soviéticas, além do equilíbrio, a inteligência e a sagacidade do nosso país nas suas relações com o Mundo, particularmente com a União Soviética.