Um momento histórico importantíssimo que irá contribuir para a almejada redinamização da cooperação entre Cabo Verde e Angola, para atingir o patamar de uma parceria estratégica”.
Assim caracteriza o Presidente da República José Maria Neves, a visita do Chefe de Estado angolano a Cabo Verde. O General João Lourenço também vê nesta deslocação a estas ilhas, dois meses depois da visita de José Maria Neves a Angola, uma demostração de que os dois países têm interesse em “recuperar o tempo perdido”. O Presidente angolano lembra que a Comissão Mista Bilateral não se reunia há 14 anos e “acaba de o fazer há dois dias”, na Praia.
“Um momento histórico importantíssimo que irá contribuir para a almejada redinamização da cooperação entre Cabo Verde e Angola, para atingir o patamar de uma parceria estratégica”.
Assim caracteriza o Presidente da República José Maria Neves, a visita do Chefe de Estado angolano a Cabo Verde. O General João Lourenço também vê nesta deslocação a estas ilhas, dois meses depois da visita de José Maria Neves a Angola, uma demostração de que os dois países têm interesse em “recuperar o tempo perdido”. O Presidente angolano lembra que a Comissão Mista Bilateral não se reunia há 14 anos e “acaba de o fazer há dois dias”, na Praia.
Durante a Conferência de Imprensa Conjunta, na manhã desta Segunda-feira, no Palácio da Presidência da República, o chefe de Estado cabo-verdiano sublinhou o interesse dos dois países em reforçar o “pilar económico e empresarial” nas relações de cooperação.
“Há uma enorme vontade no sentido de os empresários dos dois países poderem desenvolver os seus negócios, estabelecer parcerias e aproveitar as oportunidades que existem”, sublinhou José Maria Neves.
O chefe de Estado cabo-verdiano realçou, ainda, que esta visita serve igualmente para criar as condições para que haja mais circulação de pessoas e bens entre Angola e Cabo Verde. Uma mobilidade que, acredita José Maria Neves, pode também ser potenciada em todo espaço CPLP, durante a Presidência angolana da comunidade, depois do acordo de mobilidade conseguido.
Perspetiva-se, também, maior facilidade na integração dos Cabo-verdianos em angola e dos angolanos que queiram viver ou fazer investimentos em Cabo Verde.
Por seu lado, o Presidente da Angola, João Lourenço, realçou, como resultado desta reaproximação os quatro acordos que os dois países assinaram, hoje, na Praia, dia em que também aterrou na capital um avião angolano que vai estar ao serviço de Cabo Verde.
“Não queremos perder tempo, queremos com factos, com gestos concretos começar a trabalhar em prol deste reforço da cooperação económico-empresarial entre os nossos dois países”, prometeu o homólogo de José Maria Neves.
Para além dos transportes aéreos e marítimos, João Lourenço acredita que Angola tem muito a ganhar na cooperação com Cabo Verde nos domínios do turismo, comércio, administração pública, “por ser um caso de sucesso neste domínio”, e em matéria do poder autárquico.
“Angola ainda não tem constituído o poder autárquico, isto vai acontecer em breve, e, com certeza que temos muito que aprender com Cabo Verde. Somos suficientemente modestos para reconhecer que neste domínio é aqui e noutros países que devemos buscar o conhecimento e experiência”, precisou João Lourenço.
O Presidente angolano também acredita que a entrada em vigor do acordo de mobilidade vai “facilitar grandemente uma maior aproximação” entre os dois países.
“Tudo depende de nós para alcançarmos os níveis de amizade e cooperação que queremos” concluiu.
Durante a manhã desta Segunda-feira, o Presidente Angolano também recebeu as chaves da cidade, nos Paços do Concelho da Praia, visitou a Fundação Amílcar Cabral, depositou uma coroa de flores no Memorial Amílcar Cabral e visitou a farmacêutica Inpharma.